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Ch-ch-changes

  • Writer: Clara Goncalves
    Clara Goncalves
  • Mar 8, 2023
  • 2 min read

Updated: Mar 9, 2023

O dia oito de março começou sem eu me lembrar que era Dia Internacional da Mulher. Acordei com dor de cabeça, cólica e uma exaustão física que há muito não sentia. Tenho vivido o que eu chamo de segunda puberdade, com uma sequência de mudanças hormonais e TPMs que parecem um passeio pelo inferno. Esse é o pano de fundo.

Agora o que está no palco desse show: em breve, precisarei me mudar do meu primeiro apartamento em que morei 100% sozinha na vida. O meu contrato termina em poucas semanas e não quero renová-lo por conta de problemas estruturais do prédio. Tenho procurado um novo lar há mais de um mês. No começo do ano, os preços dispararam por conta do primeiro carnaval pós-pandêmico sem restrições. Depois das festas, o alto custo dos apartamentos continuou, para a minha surpresa, mas dessa vez precisei seguir em frente com as buscas devido ao tempo que passava rapidamente.

Encontrei um apartamento bacana, com um preço ~justo~ (para o mercado atual), mas no mesmo bairro em que passei a maior parte da minha vida. Na minha fantasia, eu encontraria um apartamento perto da praia e mudaria todo o meu estilo de vida. Eu e o meu cachorro viraríamos uma dupla de atletas corredores que acorda às seis da manhã para se exercitar na areia fofa e curtir o sol. Não que eu jamais tenha chegado perto de fazer isso na vida mas, na minha fantasia, a origem do problema era eu não morar perto da praia. Fora da minha fantasia, o aluguel de um estúdio caindo aos pedaços no eixo Ipanema-Leblon está custando o meu rim esquerdo.

Me perguntaram porque eu não considero dividir um apartamento… e eu cheguei a considerar essa possibilidade. Mas eu já fiz isso com 22, 23 anos e deu tudo muito errado. Na primeira experiência, eu bati de frente com um cara que não estava bem psicologicamente e passei meses trancando a porta do quarto e com medo de encontrá-lo na cozinha de manhã. Na outra, eu vi uma pessoa lavar o banheiro com um balde d'água para, minutos depois, jogar essa mesma água contaminadíssima na pia da cozinha.

Então, vamos encarar a realidade, que não é fantasia, mas está muito boa. Estou cheia de cólicas e inchada como um baiacu, mas em breve me mudarei. E mudanças são estressantes – especialmente quando você está saindo de uma série de TPMs assassinas – mas também são um portal para o novo. Novos ares, pessoas, energias.


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Para todos verem: imagem mostra um quarto cheio de caixas de mudança.


 
 
 

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