top of page
Search

Alimentando a mente II

  • Writer: Clara Goncalves
    Clara Goncalves
  • Feb 6
  • 4 min read

Updated: Sep 23

Em Janeiro, eu provavelmente gastei um dinheiro desproporcional indo ao cinema. Mas não me culpo. Os filmes lançados em 2024/2025 estão insanamente bons, e eu me vi envolvida pelo impacto do período de premiações e de Ainda estou aqui. Entre as maravilhas assistidas:


  • Conclave (dirigido por Edward Berger)

    • Imagine a cena: o papa morreu e, com toda a pompa e rituais que cercam esse marco para a Igreja, o colégio de cardeais é reunido para escolher o novo pontífice. Lawrence (interpretado por Ralph Fiennes), é responsável por conduzir o conclave.

    • Conclave conta com um festival de interpretações magistrais, o que já seria de se esperar com um elenco que também conta com nomes como Stanley Tucci e Isabella Rossellini (inclusive, achei que a diva apareceu muito pouco!).

    • Em meio às conspirações, fofocas, atentados e outros comportamentos que não necessariamente esperamos de um monte de cardeais velhos, somos surpreendidos com um final arrebatador e chocante que, se você avaliar bem, manda mais um recado contundente para um mundo que se vê cada vez mais ameaçado pelo avanço do neofascismo de uma extrema-direita odiosa, perigosa e bilionária. Filmaraço!


  • Maria (Filme sobre Maria Callas, dirigido por Pablo Larraín)

    • Gostei do filme, embora implique um pouco com certas escolhas artísticas.

    • Focado nos últimos anos da soprano mais famosa dos últimos tempos, Maria mostra a decadência física e mental de Maria Callas no fim da sua vida, quebrando um pouco a expectativa de uma existência glamurosa em Paris.

    • Eu gosto do recorte do filme. Acho interessante a revelação desse lado solitário e decadente de um grande nome da Opera, em contraste com a pregressa vida repleta de aventuras, conquistas e dor.

    • Ao revelar o começo e o fim da vida de Callas, passamos a entender as escolhas (e as dores) da grande estrela, interpretada por Angelina Jolie.

    • Os poréns: embora belo, o filme é um pouco fraco. Angelina não convence nos momentos em que precisa interpretar alguém que sabe cantar, embora deva dizer que brilha em muitas outras cenas. Mas me pergunto por que não escalaram uma cantora, de fato. Outro porém: a caracterização quase nula não permite que nos esqueçamos da atriz para focarmos na personagem. E, por último: achei o filme longo demais, parece que sobra material.


  • A Garota da agulha (dirigido por Magnus von Horn)

    • Uma frase: puta-que-pariu! Se você não quer ficar perturbado, não veja. Também não veja logo antes de dormir, como eu fiz. Mas ainda assim, não posso deixar de recomendar este filme sensacional e repulsivo.

    • Aqui, acompanhamos a jovem grávida Karoline tentando sobreviver em uma Copenhague que sofre no pós Primeira Guerra Mundial. Depois de se envolver e ser abandonada por um homem mais poderoso e rico, ela encontra uma chance de ter uma vida mais confortável trabalhando como ama de leite para uma mulher chamada Dagmar, que administra uma agência clandestina de compra e venda de bebês. Elas desenvolvem uma relação forte de amizade, até que Karoline descobre algo terrível.

    • Para colocar em perspectiva: o filme começa e a situação de Karoline parece ruim, aí parece que vai melhorar um pouquinho, mas piora muito. Aí fica uma coisa realmente horrorosa, seguida por um breve alívio que logo é substituído por algo ruim, que ainda piora muito, e muito, até ficar insuportável.

    • Como diz a Mubi, onde o filme está disponível: esta é uma "parábola gótica"e um "acerto de contas visceral com o passado".

    • Sensacional. Vale a pena ver. E se chocar.


ree

  • Anora (dirigido por Sean Baker)

    • Eu não esperava amar tanto esse filme - especialmente o final dele, que me colocou para chorar silenciosamente antes de dormir enquanto pensava na vida.

    • No longa de Sean Baker, acompanhamos uma jovem trabalhadora do sexo, Anora (interpretada por Mikey Madison), tirar a sorte grande ao cair nas graças do herdeiro russo Ivan. O que parece ser o começo de um conto de fadas a la Uma Linda Mulher, logo se revela uma trama de poder e luta de classes tragicômica.

    • Tudo ia bem e Anora finalmente curtia uma vida de luxo e conforto. Estava nas nuvens com Ivan, até que os pais dele entram em cena e ameaçam a relação.

    • Sem querer dar muitos spoilers, Anora acaba sem o conto de fadas, mas encontra uma parceria inesperada que ganhou o meu coração no decorrer do filme e que, para mim, é a verdadeira história de amor que rendeu à Mikey Madison e ao ator Yura Borisov indicações aos Oscars.

    • Ri desesperadamente em vários momentos do filme? Sim. Chorei com o final que nem criancinha? Também.


  • Wicked (dirigido por Jon M. Chu)

    • Sem muitas delongas: vale a pena ver e agora está disponível no Prime, nem precisa sair de casa.

    • Eu adorei o musical quando o assisti, mas o filme realmente consegue levar a gente para níveis inimagináveis, ainda mais com o nível de tecnologia disponível.

    • Sobre Cynthia Erivo e Ariana Grande: ARTISTAS! Atrizes e cantoras de PRIMEIRA. Merecem todos os louros. Todos.


Este post está gigante e ainda faltam os livros, então vou apenas dar notas e linkar para as páginas no Amazon:



 
 
 

Comments


Fala comigo. Eu sou carente. 

Obrigada por enviar!

© 2035 by Train of Thoughts. Powered and secured by Wix

bottom of page